Há duas semanas, me peguei confusa, mas digo muito confusa mesmo. Criei personagens, como bem diz a minha terapeuta, cada uma era o oposto da outra. Eu explico:
A Apaixonada, essa quer ir ao encontro do marido onde ele estiver, deixa a filha (com 18 anos, diga-se) com a minha mãe, larga a carreira (que está uma m.), faço tudo isso pois o que importa pra ela é estar ao lado do seu amor, viver um casamento de verdade, com as rotinas, as brigas, fazer e receber carinho todos os dias, tocar os pezinhos antes de dormir, fazer amor quando der vontade, a toda hora... ai, ai!!
Vamos a segunda, a Separada, essa quer largar tudo, inclusive o marido, ir pra bem longe dele, ha ha ha, é eu sei, é uma divergência muito grande, isso eu explico depois os motivos que "acho" que ela tem pra querer isso. Continuando, ir pra bem longe pra Nova Zelândia, Austrália, qualquer um que fale inglês, aproveitaria pra estudar e ficar longe.
A terceira a Profissional, essa acho que de todas é a mais lúcida, mais real. Quer seguir a sua carreira, mudar de emprego, claro já que está insatisfeita com o atual. Trocar o apartamento por um maior, trocar o carro por um mais novo e seguir a sua vida, independente do marido, pensar em sua vida, em seu crescimento.
Então, que confusão heim???!! pois é, também achei rs.
Esses personagens vieram da insatisfação com a minha vida atual, tão sem expectativas, me sinto em stand-by, parada mesmo, não vou a lugar nenhum e que medo que dá! já tenho mais de 30 e quase 40.
Essa incerteza me deu uma angústia (mais uma), levei isso pra terapia, coitada dela, deve ter pensado, ai meu sais, quando penso que vou dar alta, essa aí vem com uma confusão maior. Pois é, comecei a pensar nesses personagens, uma hora eu queria isso, noutra queria aquilo e ao fim da semana, não sabia quem eu queria ser. Fiquei mais preocupada ainda.
Não poderia ser simples, eu costumo correr atras do que eu quero, mas agora eu nem sei o que quero.
Comecei a questionar a minha vida, qual a minha missão, qual o meu papel na vida dos meus mais próximos, cheguei ao ponto de fazer um balanço da minha vida, o que eu tive de sucesso, de derrota, o que farei agora, aonde quero chegar, será se irei encontrar a minha alma gêmea?
quantas perguntas!
Eu sou espírita, ainda não disse isso, e depois que li um livro da Zíbia eu fiquei pior ainda, pensando que eu não vim nessa vida pra encontrar a minha alma gêmea, vim apenas pra ajudar os "meus amores" a subir de nível espiritual. Veja que loucura, mas o pior que faz um sentido terrível. Nenhum daqueles que amei, eu fui amada de verdade, eu fui feliz de verdade, eu fui amparada, cuidada, amada, protegida, ou mesmo tive afinidades verdadeiras com eles, nenhum. Todos eu acabei me moldando a eles, e o atual então, não tem quase nada haver comigo, bem esse é um assunto pra outro tópico, é muito longo.
Pois bem, hoje precisei pegar a estrada, e comecei a orar e a conversar sozinha, afinal percebi que quando eu falo, muitas coisas vem a tona e esclarece muita coisa pra mim mesma.
Falei das minhas angústias, o que querem esses personagens, e vi que o que quero mesmo é ser a APAIXONADA, que os outros é devido a achar a possibilidade de estar próximo a ele muito remota, agora que analisei todos os prós e contras, vimos que é quase impossível morarmos juntos. Assim, criei outras soluções, mas na verdade não quero ser nenhuma outra a não ser aquela que ira ter um casamento de verdade, ver se realmente serei feliz, finalmente.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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